quarta-feira, 8 de junho de 2016

Jogo Lebre e Cachorros

Entre vários estilos de jogos podemos identificar um estilo muito diferente, os chamados jogos de ‘caça’, conhecidos também como jogos ‘desiguais’, onde os adversários estão em condições diferentes na disputa. Neste tipo de jogo, quem tem o maior número de peças deve procurar bloquear o adversário, enquanto esse, por sua vez, deve tentar fugir, chegar a um destino ou capturar o maior número de peças adversárias possível. São jogos com forte vínculo às culturas dos povos que os praticam e, talvez por isso, muitos levam o nome de animais (predadores e caça).

No Brasil um famoso jogo conhecido e praticado pela nação "indígena" é o chamado "jogo da Onça", praticado a milênios e representado em vários países sem muita modificação de regras e estilo.  

Nestes tipos de jogos, a estratégia dos “mais fracos” mas “mais numerosos” é trabalhar sempre em conjunto, permanecerem agrupados o máximo possível. No caso do “mais forte”, mas “em menor número”, seja talvez provocar esta separação para podem passar por eles ou captura-los.

O jogo de caça mais simples conhecido é chamado por ‘Lebre e Cachorros’, onde os cachorros devem trancar a lebre em qualquer lugar deixando-a sem movimento, e a lebre deve escapar tentando chegar do outro lado do tabuleiro. O movimento da lebre é livre, para todas as direções, enquanto que os cachorros só podem se mover para frente (inclusive na diagonal) ou para os lados, mas nunca para trás.

A posição inicial dos cachorros e da lebre segue a imagem abaixo. Os adversários podem decidir quem começa a mover suas peças primeiro.


O jogo é tão simples que facilmente pode ser reproduzido seu tabuleiro, desenhando em papel ou até, rabiscando na areia da praia, bastando juntar três peças iguais, mais uma diferente para representar a Lebre.

Esta elegante mistura entre a simplicidade e uma genial mecânica de jogo é o segredo para popularidade e a garantida da imortalidade para um jogo de tabuleiro.



sábado, 4 de junho de 2016

A Origem do Xadrez


O xadrez é um dos jogos mais complexos que o Homem já criou. Para realçar a sua complexidade é costume dizer que o número de combinações possíveis de movimentos em xadrez, supera o número de estrelas no universo.

Apesar de ser um jogo fácil de aprender a jogar de forma básica, só um grupo muito pequeno de pessoas o consegue dominar com elevada mestria e mesmo assim só após muita prática.

Esta complexidade faz-nos ficar com curiosidade sobre a sua origem, já que é evidente estar muito acima de outros jogos de tabuleiro e de todos os entretenimentos que apareceram em toda a história da humanidade.

Então quando, onde, como e por quem foi criado o xadrez? Para saber quem inventou o xadrez deve-se conhecer a sua história para mostrar o seu desenvolvimento.

A mais antiga forma de xadrez apareceu na Índia no século VI, derivado de antiquíssimo jogo hindu conhecido por “Chaturanga”, nome que aludia às quatro armas do exército indiano: elefante, cavalo, carro e infantaria.

Antigo tabuleiro e peças de Chaturanga

Poderíamos então ser levados a considerar os indianos como o povo inventor do xadrez, visto que sua história começou na Índia. Isso não significa no entanto que essa forma primitiva de xadrez fosse parecida com a que jogamos hoje. De facto, pode-se perceber isso só por saber que a forma mais antiga de xadrez era jogada por quatro jogadores. Este modelo inicial no entanto introduziu as diferentes peças correspondentes às variadas posições e que o tornam um claro ancestral do xadrez moderno.

Da Índia, o referido protótipo de xadrez atingiu a Pérsia, hoje Irão. É de onde provêm os termos xeque e xeque-mate, tendo os persas modificado grandemente o jogo tornando-o mais parecido com o que jogamos hoje. Os persas podem não ser candidatos a ser o povo que inventou o xadrez mas, no entanto, contribuíram grandemente para o seu desenvolvimento por terem modificado o jogo e por serem um ponto de passagem através do qual o xadrez chegou à Europa.

Foi durante o século XIII que o xadrez ganhou uma posição firme no continente Europeu e se tornou realmente popular. Foi também nesta época que o xadrez moderno nasceu, desde as regras que conhecemos hoje, tais como a capacidade do peão ser promovido uma vez atingido o quadrado mais distante e a rainha ser a peça mais poderosa, regras que foram postas em prática em Espanha e Itália. Assim, pode-se dizer que os italianos e espanhóis foram os “criadores” do xadrez, particularmente na sua forma actual.

Tal como é jogado actualmente, o Xadrez assume um carácter Medieval. Assemelha-se à guerra convencional e a um jogo da Corte, conforme pode ser visto pelos nomes e pelo movimento das peças sobre o tabuleiro de 64 casas.

Independentemente de quem consideramos ser os seus inventores, é importante lembrar que todos estes povos contribuíram fortemente em fazer do xadrez o jogo extremamente complexo e agradável que é hoje.

Foi o jogo dos Reis e hoje é o Rei dos Jogos.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Labirintos

Um labirinto é constituído por um conjunto de percursos intrincados criados com a intenção de desorientar quem os percorre. Podem ser construções tridimensionais (como o lendário labirinto de Creta, ou um conjunto de sebes plantadas de forma a proporcionar entretenimento num jardim), desenhos (como os labirintos que aparecem nos jornais como passatempo), etc. Utiliza-se frequentemente o termo para adjectivar outros géneros de obras. Por exemplo, diz-se de um romance com enredo complicado ou cuja narração não é linear que é "labiríntico". Jorge Luis Borges desenvolveu o assunto em diversos contos e ensaios. Na mitologia grega, o labirinto de Creta teria sido construído por Dédalo (arquitecto cujo nome tornou-se, depois, também sinônimo de labirinto) para alojar o Minotauro, monstro metade homem, metade touro, a quem eram oferecidos regularmente jovens que devorava. Segundo a lenda, Teseu conseguiu derrotá-lo e encontrar o caminho de volta do labirinto graças ao fio de um novelo, dado por Ariadne, que foi desenrolando ao longo do percurso.


Tecnicamente alguns autores diferem Labirintos de Dédalos. Os Labirintos seriam caminhos unidirecionais que, após algumas voltas, sempre levariam ao centro, enquanto os Dédalos seriam as estruturas que visam confundir com entradas e saídas múltiplas. Em inglês estes dois tipos de desenho são definidos pelas palavras "Labyrinth" e "Maze" respectivamente.

O labirinto originalmente, na Grécia, era um ambiente de experimentação, não uma prisão, onde seu percurso era mais importante que a saída.


Com isto, quero abrir uma nova seção, uma somente para Labirintos.
Quero de tempo em tempo publicar um novo desafio.

Para começar, aqui vai uma foto de um labirinto jardim.


Amplie a foto e tente chegar ao centro do jardim.